Oi, gente!
Hoje decidi postar sobre um livro que li faz um tempinho e
gostei muito: O Diário de Anne Frank.
Estava pensando em qual seria minha próxima postagem aqui.
Tinha uma em mente, mas aí vi uma postagem no facebook sobre Anne Frank e
lembrei-me de sua linda e encantadora história.
Muita gente sabe que esse é um dos livros mais importantes
do século XX. Acho que um dos fatores que o leva a essa consideração é que ele
foi escrito durante um período histórico: a Segunda Guerra Mundial, contendo
alguns relatos sobre essa época de uma forma “pessoal” e realista.
Mas o que mais me chamou atenção e me prendeu no livro foi o
modo como ele relatou sua vida, os detalhes que ela colocava como, por exemplo,
deixar uma explicação no diário quando não tinha tempo para escrever nele. Parece
que ela fazia questão de escrever tudo com muita clareza, como se já soubesse
que um dia sua história encantaria muitas pessoas.
Anne vivia com sua família na Alemanha. Por serem judeus, tiveram
que se esconder num esconderijo secreto (Anexo Secreto), que ficava na empresa
do pai de Anne. Ali se esconderam mais pessoas que, passaram a fazer parte da família
dos Frank. Passaram dois anos escondidos
para não sofrerem nas mão dos nazistas. Foram anos bem difíceis para todos eles,
mas o que realmente chama atenção e encanta é como uma pessoa tão jovem e em
tempos tão difíceis conseguiu passar seus momentos marcantes para um diário,
detalhando tudo, contando suas transições e sentimentos de uma forma
interessante! Ao ler o diário, percebi que ela tinha vontade de achar uma
resposta. De quê eu não sei. Talvez seja aquela resposta que todos nós queremos, mas não
sabemos direito qual a pergunta, sabe?! Anne relatou seus anseios amorosos e
como via a vida. Na adolescência já sabia de muita coisa da vida. Não estou
falando de ler ou escrever, de saber que não pode desobedecer aos pais ou como lavar uma louça, não. Estou falando
de coisas como pensar, refletir, questionar, sentir, expor suas opiniões. Mas acho
que ela magoou muitas vezes por falar tudo o que pensava. Anne tinha uma
personalidade muito forte, falava tudo mesmo. Com o tempo isso nela foi alterado,
ela passou a medir as palavras, talvez porque isso foi consequência de seu processo
de amadurecimento que, tornou ela uma pessoa melhor do que era.
Uma frase que gostei e é uma verdade: "O papel é mais paciente do que as pessoas".
Anne gostava mais de seu pai do que de sua mãe, e isso é nítido
no livro. Com o passar do tempo ela tentou melhorar seu relacionamento com a
mãe, até que funcionou, mas não tanto.
Pim (que era como ela chamava seu pai) era a pessoa que mais
a agradava. Conversavam e dividiam assuntos e isso a deixava feliz, mas não
acontecia com a frequência que ela gostaria.
Brigava bastante com o pessoal do esconderijo devido sua
forte personalidade, e se apaixonou, por Peter Van Daan, um rapaz mais velho que se abrigava junto com ela. A família
de Peter (e principalmente a Sra. Van Daan) não se dava muito bem com Anne,
certamente devido à personalidade que a garota demonstrava em seus diálogos.
Apesar de ser uma pessoa forte, Anne Frank como todo mundo,
sentia angustias. Muitas vezes, ou talvez quase que constante, sofria calada. Todos
nós sofremos em alguma fase da vida, e com Anne não foi diferente. Acho que por
ela ter tido uma postura de alguém que é forte o tempo todo, as pessoas que
conviviam com ela muitas vezes esqueciam que ela era apenas uma adolescente em
transição, e não uma “mulher de ferro” . É o que nunca deixou de existir: as
pessoas acham que por alguém se mostrar forte (não no físico) aparentemente e
por ela até mesmo dizer que é forte e enfrenta tudo, esquecem que essa pessoa
sente exatamente-diferenciando apenas as circunstancias- os mesmos sentimentos
que elas, esquecem também que por mais que uma pessoa se mostre forte ela precisa
desabafar, contar algo... Esquecem que essa força que demonstra pode ser
exatamente e simplesmente uma aparência, pode não passar daquilo que veem, da
pura aparência.
Acho incrível o talento de pessoas que conseguem passar para
um papel o que sentem com sinceridade e simplicidade. Anne Frank fez isso. Vivemos
em nossos mundinhos, mas quando paramos por algumas horas para conhecer a
história de alguém, percebemos que esses mundinhos, por mais que não pareçam,
podem se tornar algo mais significante e interessante. Basta aceitarmos isso e
termos força de vontade para fazer essa mudança. Numa época de guerra, insegurança
e destruição, Anne conseguiu achar uma saída. Não sei se ela percebeu, mas ela
conseguiu achar um sentido pra vida, ou, pelo menos, entendeu o lado
significante dela. Claro que não precisamos (apesar de ser uma boa ideia)
escrever nossa história, mas o que quero passar pra vocês é o que captei do diário
de Anne Frank: descubra o sentido da vida e sua vida terá um sentido!
Beijos e até mais!
Também adorei ler esse livro. Acho que é o tipo de livro que todos deveriam ler.. Grande lição de vida!!!
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