#69 | A Fúria dos Reis - George R.R. Martin

Olá pessoal! Estou aqui para trazer a resenha e o que eu achei do segundo livro da série "As Crônicas de Gelo e Fogo", como o livro é grande a resenha ficou um pouco extensa, mas nada que canse a leitura. Espero que gostem!

Sinopse:

Um cometa da cor do sangue e fogo atravessa o céu. E a partir da cidade antiga de Dragonstone às margens proibidas de Winterfell, reina o caos. Seis nações lutam pelo controle de uma terra dividida e pelo Trono de Ferro dos Sete Reinos, preparando-se para o embate através de tumulto, confusão e guerra. É um conto em que irmãos conspiram contra irmão e os mortos se levantam no meio da noite. Neste lugar uma princesa se disfarça como um garoto órfão, um cavaleiro espiritual prepara um veneno para uma feiticeira traidora, e homens selvagens descem das Montanhas da Lua para devastar o campo de batalha. Com um pano de fundo incesto, alquimia e assassinato, a vitória pode chegar aos homens e mulheres possuidores do aço mais frio … e corações mais gelados. Quando há um confronto entre reis, toda a terra treme.

Número de páginas: 656 | Autor: George R.R. Martin

Ano: 1998 (No Brasil: 2011) | Gênero: Fantasia / Guerra

Original: A Clash of Kings

Resenha: 

Atenção: Spoilers do 1° livro, "A Guerra dos Tronos".

Um misterioso cometa cruza o céu de Westeros, todos especulam o que significa esse cometa, alguns falam que é a benção dos deuses para algo. Outros falam em dragões – muito provável em um livro do tio Martin – pessoas começam a desconfiar que é o fogo da pussy da Cersei Lannister. E o autor faz os próprios leitores se perguntarem: Que coisa é essa? Será que é isso mesmo?

Daenerys Targaryen, depois de ter os seus filhotes dragões e Khal Drogo morrer, ela tem que guiar o povo dothraki. Agora estão passando muitas dificuldades no deserto, fome, pessoas e animais morrendo e outras coisas. Estão se encaminhando para Qarth, em busca de títulos, honras e principalmente, roupas e alimentos, mas devem tomar cuidado, pois com dragões em mãos nunca se sabe o que pode acontecer.

Para quem já leu “A Guerra dos Tronos” ou já viu a primeira temporada da série, sabe que o Ned Stark é decapitado, depois disso Joffrey começa a reinar sem pudor, fazem um comparação de que os reis passados, ou eram bêbados ou loucos, Joffrey com certeza é um dos loucos. Ele está menos infantil do que no primeiro livro, o que faz com que ele fique pior. Muitas pessoas ainda sofrerão nas mãos desse pirralho.

Como se não bastasse os milhões de personagens, agora temos Melisandre, ou melhor, a mulher vermelha, ela é uma serva do deus vermelho, ou deus R’hllor. Ela é uma fofura de pessoa, muito boazinha. Boa parte da fantasia fica por conta da Melisandre. O Rei Staniss Baratheon que se da bem, tendo uma mulher que serve a um deus tão poderoso ao seu lado. “A noite é escura e cheia de terrores”.

Todos os “reis” (protetores dos seus respectivos lugares), agora estão se considerando reis de verdade, todos contrariando o reinado de Joffrey e assim traindo a coroa. Então já sabemos que não vai dar coisa boa. Os irmãos Baratheon – Staniss e Renly – estão divididos e contra os Lannister na luta pelo trono de ferro. A ambição de conquistar o Trono de Ferro é tão grande que valores familiares podem ser perdidos, e achados no fio da espada.

Tyrion Lannister – o melhor personagem – virou mão do rei, e ele vai fazer de tudo para tentar salvar o trono e Kings Landing dos inimigos. O autor abrange muito o Tyrion nesse livro, finalmente conhecemos sua índole, e começamos a amar o personagem e virar Team Tyrion, é de uma hora na outra. Você está lendo e percebe que quando ele está em perigo você fica aflito. Ele é o personagem mais foda (desculpem a expressão, mas tive que escrever) de todos.

As guerras que estão sendo enfrentadas por Robb Stark – que se declarou rei do norte – são mostrados pelo ponto de vista da Catelyn, então não ficamos por dentro de praticamente nada, só um ou outro boato. E nem adianta que eu não vou falar da Catelyn, acho ela muito sem graça e chata. Arya está na mesma, fugiu de Kings Landing e tem que se desfaçar de menino no caminho para casa. Nesse livro ela tem um amigo especial – ou mais de um – e se o livro está cheio de mistérios é por causa dela.

Rickon e Bran estão protegendo Winterfell, Bran está descobrindo que ele pode fazer coisas, e grande parte da fantasia vai ficar por conta dele. Sansa é igual a mãe, chata, sonsa e sem graça, mas nesse livro ela está presa em Kings Landing, correndo muito perigo. Eu falei que Bran está protegendo Winterfell, mas que nada, ele é muito pequeno e vai ser difícil manter os inimigos longe.

Jon Snow continua na muralha, mas agora ele está muito mais maduro e mais esperto do que no primeiro livro da série, nos capítulos dele, você fica se mordendo para saber o que vai acontecer. Theon Greyjoy ficou maluco de vez, toma atitudes drásticas, e acaba ferrando muitas pessoas. Não vou falar na Cersei e nem do resto dos Lannister, porque eles não estão no centro da história, com exceção do Tyrion, que é um dos principais. Hodor! =)

Minha Opinião:

Eu amei esse livro, primeiro porque ele é muito melhor do que o primeiro livro. Os personagens estão mais desenvolvidos, a história está de tirar o folego, pelas guerras e intrigas. Os personagens sofrem muito, mas ao mesmo tempo eles vão traçando outros caminhos e acabando com aquelas dificuldades. O livro me prendeu muito. A narrativa é muito boa e ao mesmo tempo densa, mas isso não atrapalha em nada.

O que eu não gostei no livro? Somente a densidade da narrativa, é um livro muito pesado, é um livro grande e tem muitos detalhes e as vezes esses detalhes cansam, mas uma coisa boba como essa não tira o mérito da obra. Com toda a certeza, foi o melhor livro de fantasia que eu li neste ano, o livro está recheado de fantasia, muito mas do que em "A Guerra dos Tronos. O que também me incomodou foi a tradução de alguns nomes, achei indevido.

Edição:

A edição da Leya está muito boa, os livros são imensos, a narrativa é muito pequena, mas eu entendo, já que o livro é muito grande. O espaçamento não ajuda muito, poderia ser melhor. É papel pólen, acabamento em brochura, e o mais incrível, a capa é original do Brasil, e você não vai achar uma capa mais bonita do que a do Brasil. Isso é muito raro, para mim as capas da Leya nos livros dessa série são as melhores.

Então é isso pessoal, blogueiros comentem e deixem seus respectivos links, será um prazer retribuir seu comentário. Estou super ansioso para ler o terceiro livro da série (A Tormenta de Espadas) e assim que eu acabar posto a resenha para vocês! Até a Próxima!

Jonathan Freitas