quarta-feira, 14 de maio de 2014

Momento Entrevista - Cláudio Quirino


Olá!!! Estava com saudades de fazer está coluna, mas estamos aí!!! Vamos para mais um Momento Entrevista, com o autor Cláudio Quirino do livro Um Novo Amor à Vista.






O autor:


Cláudio Quirino é um escritor pernambucano. A sua carreira literária gira em torno dos projetos com que está envolvido, como organizador de antologias e dos meus romances. . O seu romance de estreia chama-se COMO AMAR EM UMA SEMANA (Editora APED). Além disso, o autor ainda dispõe de outro livro pronto, porém ainda não publicado – CONSPIRAÇÃO BRASILEIRA.









Entrevista:



1 – Eu fique curioso, e o resto dos leitores também, de onde veio a ideia de escrever um chick-lit? Um homem que está acostumado a escrever gênero policial do nada lança Um Novo Amor à Vista, chick-lit voltado para o público feminino. Seus parentes acharam a nova empreitada estranha? 

R: A pergunta mais comentada e discutida de todos os tempos, realmente, desde que o chick-lit Um Novo Amor à Vista. Sinceramente, sou desses autores iniciantes que não se sente tão confortável em estar preso a um gênero único, como o policial, que abracei como um filho querido e pródigo. Sou desses autores que não se aquietam, que possui inúmeras idéias atormentando as noites e que não sossega enquanto não coloca para fora suas principais angústias, mesmo as mais insanas, problemáticas e divertidas. Foi exatamente o que aconteceu com essa mudança completa e inesperada. A notícia foi, de certa maneira, recebida com espanto por parte de alguns, surpresa por parte de outros e, o melhor de tudo, curiosidade, bastante curiosidade. Sim, curiosidade de ver um livro geralmente escrito por mulheres estar causando tanto burburinho entre os leitores. Não sei descrever bem o que aconteceu, só sei que, de repente, a noticia estava espalhada e animava as redes sociais. As leitoras estavam espavoridas, comentando demais sobre isso e querendo saber mais sobre a história da minha mais nova personagem. Foi uma maravilhosa surpresa, sério, uma grata satisfação. Não imaginava que seria assim, que seria recebido de braços abertos e, por isso, só tenho a agradecer imensamente o apoio recebido por todos. Meus pais, como sempre, colaboraram e apoiaram com essa nova iniciativa e, pelo que parece, aprovaram a ideia de outra continuação. 


2 – Como qualquer entrevista é costume querermos saber: Quando começou a escrever e por quê? 

R: Desde criança, alimentado por minhas grandes e heróicas histórias, dessas que se passam lentamente na nossa cabeça; claro que a leitura e o incentivo ajudaram demais no processo e, de toda maneira, eu sempre gostei do conhecimento e era muito curioso, por natureza. Era enigmática para mim a capacidade – vulgo dom – de criar mundos incríveis e habituar as pessoas dentro deles. E eu, que invejava bastante isso e queria experimentar a mesmíssima sensação de grandes autores em que eu sempre buscava me espelhar, comecei rabiscar as primeiras idéias, meio bobas, a princípio, mas que eram só minhas. Tudo começou de modo simples, apaixonado e espontâneo. 


3 – Quais foram suas inspirações para escrever os livros? Entre autores, livros, cantores, hobbies, etc... 

R: Autores nacionais, sempre. Autores com que a gente se acostuma a conviver desde o ensino médio e, quando passa o tempo, não nos abandonam. A minha principal fonte de inspiração, na verdade, sempre foram os meus leitores; costumo conhecer e entender as expectativas de cada um deles em relação ao meu trabalho, buscando aperfeiçoar cada ideia que recebo nas críticas, usando isso em benefício de todos. Meus leitores são tudo o que mais prezo, admiro e respeito, nesse sentido. São eles que avaliam e não deixam nada passar batido, o que particularmente adoro e faço a maior questão de conservar e permitir qualquer aproximação. 


4 – A publicação por meio do mercado digital (e-books) é algo proveitoso? Vamos direto ao ponto, dá dinheiro? E também quero saber, você se sente seguro neste meio? 

R: Tem lá suas vantagens e desvantagens, como qualquer processo de publicação. É uma ferramenta indispensável para autores que pensam em publicar a custos bastante reduzidos, que deseja conquistar o público, que geralmente são sensíveis a preços mais módicos, e que pensam, também, em ampliar as suas vendas em outros países, além do Brasil. É ótimo, porque você pode controlar e administrar a comercialização e a forma como é respeitado pelos leitores, podendo interagir. Costumo comentar que a Amazon é o caminho muito bom de começar, de consolidar uma carreira que só está no primeiro degrau de uma escada. Outro ponto interessante é que o autor faz o marketing do livro e, com isso, entrega afinidade e relacionamento com os leitores. Isso é incrível, receber calorosamente esse carinho. E, pensando em lucros pela comercialização, é claro que é satisfatório e, a depender do valor fornecido para o trabalho digital, pode render bons frutos para o autor. Quanto à segurança desse mercado novo, digamos que a Amazon foi uma oportunidade de chegar a mais pessoas, de penetração no campo digital, que é mais acessível e do desejo pessoal de contemplar mais leitores com as minhas histórias, porque trabalho muito para ampliar os meus trabalhos. 


5 – Fale um pouco sobre você, suas obras, e as novidades que estão por vir: 

R: Sou uma baratinha que corre, corre e corre. Quase ambulante. Sempre. Geralmente, você vai me encontrar em algum projeto literário ou meio de movimentos que apóiam a classe literária. Tenho outros projetos pendentes, outros que estão se tornando bastante sólidos, mas que estou cuidando disso com muita segurança e amor pelo trabalho. Pode ter certeza de que inúmeras novidades vêm por aí, inclusive algumas bem inesperadas, mas que já andam circulando nas redes sociais. São trabalhos que, apesar do gênero de berço (policial), têm abordagens diferenciadas, versões que estão sendo solicitadas, e que acredito ser conveniente lançar algo assim. 


6 – Sua família sempre te apoiou? Alguém já falou que sua carreira como escritor nunca iria dar certo? Já riram de você quando disse que iria – ou estava – escrever um livro? 

R: A família é como uma poderosa fortaleza em que a gente se aconchega e está sempre seguro, não é? A minha sempre esteve presente em cada uma das minhas decisões sobre uma ideia nova de um trabalho. Sempre são disponíveis, muitas vezes por horas, para ouvir cada detalhe, oferecem sugestões incríveis e, enfim, são partes fundamentais do processo. 


7 – Esses últimos dias eu estava lendo um artigo sobre “Literatura Nacional x Literatura Estrangeira”. Em sua opinião, por que as pessoas preferem ler livros de fora? Por que o mercado de livros nacionais ainda não é o queridinho dos brasileiros? 

R: Acredito que tudo não passa de uma questão de perspectiva editorial, que adquire uma tendência a sempre tornar comerciais as relações de cultura no país. Não acredito muito na versão de que o hábito nacional de ler best-sellers internacionais seja fruto de melhores enredos em relação a autores brasileiros. Não é nada disso. Não há o que se discutir, porque somos abençoados por várias e grandes histórias, em que muitas delas se igualam em tremenda qualidade. É só ver o destaque que a mídia está concedendo à literatura nacional e a abertura das editoras tradicional que, através de selos especiais, estão trazendo para o seu seio escritores amados, admirados e dotados de talento. Por isso, é consenso entre nós concordar que o cenário está gradualmente mudando e, aos poucos, oportunidades de publicação estão surgindo e trazendo esperança para os que ainda buscam um olhar mais atencioso. 


8 – E pra acabar a entrevista, quais conselhos você da para os novos escritores? 

R: Escrever não é uma tarefa simples, estática e solitária, e isso é fato presente na vida de cada escritor, já dizia Nicholas Sparks (sempre adorei essa frase). E é com ela que deixo a minha mensagem para o autor que inicia um ciclo, embora eu também esteja de corpo, mente e alma encaixado no mesmo estágio – a mensagem de que escrever exige sempre um grande esforço sobrenatural, que precisa ser constantemente atualizado e compartilhado, porque nenhuma idéia nasce sozinha. É preciso perseguir e acreditar na sua verdade, em personagens, em cada linha e, por fim, acreditar que cada história não passará despercebida, enquanto existir leitor que se conforte com o nosso trabalho. 


CONTATO COM O AUTOR: 








O livro:


Darla é uma típica mulher moderna brasileira – determinada, trabalha, pega condução, tem seus sonhos secretos e ainda está enquadrada na categoria consumidora compulsiva, mas só tem um probleminha: o seu pequeno salário não é suficiente para as suas grandes necessidades. Diariamente tentada pelas propagandas das grifes e incapaz de ignorá-las, ela sempre acaba indo ao encontro de inúmeras bolsas Gucci, burberrys, sapatos Prada, óculos Dolce & Gabbana e suas próprias extravagâncias. Para variar, o seu namorado de seis meses – Greg – acaba de sair de casa e abandoná-la. Disposta a controlar a sua solidão comprando (mesmo que, para isso, seu nome continue no vermelho), Darla vai, aos poucos, se envolvendo numa série de situações divertidas, otimistas e surpreendentes, capazes de arrancar risadas, à medida que seus pensamentos se decifram aos olhos do leitor. Um Novo Amor à Vista trata, em primeira mão, de cada um dos principais dilemas que afetam o universo feminino e trabalha a autoestima, com um tom cômico, sincero e espontâneo. Em seu primeiro romance chick-lit, Cláudio Quirino revela um mundo completamente familiar e entrega personagens marcantes, simpáticos e um primeiro livro planejado. Resenha: clique aqui.



Então gente, por hoje é só! Gostaria mais uma vez de agradecer ao Claudio, pela atenção, simpatia e carinho! Recomendo Um Novo Amor à Vista, a todos que amam um bom romance chick-lit! Fiquem com Deus e até a próxima!

Jonathan Freitas

16 comentários:

  1. Oiiiiiiii
    Adoro entrevistas, assim a gente fica sabendo mais dos autores.
    Gostei da ideia do livro. Adoro livro mulherzinha! *risos*
    Parabéns!
    Bjocas

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  2. Oie,

    É beeem diferente, ver um homem escrever um gênero, que normalmente é dominado por mulheres, mas precisamos deixar de lado o preconceito, pois sem eles estamos abertos a entender tudo, sempre gosto de ler entrevistas, e um forma que eu tenho de chegar mais perto dos autores.

    Mayla

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  3. Oieeee, eu não conhecia o autor e nem o seu livro, achei bem interessante o livro, achei a capa super fofa e fiquei com vontade de ler haha, adorei a entrevista e achei bem legal a parte que ele fala do Nicholas Sparks rsrs, Parabéns pela entrevista e sucesso :D

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  4. Oláaaa!
    Nossa, fiquei até envergonhada agora: me propus a ler "Um Novo Amor à Vista" há algum tempo e não li ainda. #QueroFérias
    Achei interessante o fato de o autor ter se aventurado em um gênero tão majoritariamente feminino. Quero muito saber qual foi o resultado. Programando a leitura desse livro para ontem!!!! hahah

    Beijos,
    Amanda
    http://minhasconfissoesfemininas.blogspot.com.br/

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  5. Realmente foi muito curiosa essa troca de gênero que o autor fez, de policial pra chick-lit. Mas ele está certo, não tem motivo para alguém ficar preso a só um gênero, afinal! Fiquei com vontade de ler Um Novo Amor à Vista, e adorei a entrevista!

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  6. Olá

    Gostei muito da entrevista e achei super divertida. Achei interessante essa troca de gênero (e tão brusca), tenho ainda vontade de ler um chick-lit para ver se é tão engraçado quanto as pessoas dizem. Gostei do ponto em que ele respondeu sobre as vantagens dos e-books e também sobre a opinião a respeito da literatura nacional ser sempre tão esmagada perante a literatura estrangeira por parte das editoras.

    Abraço!
    www.umomt.com

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  7. Adoooorei a entrevista e fiquei impressionada com o gênero escolhido pelo autor. Gostei de verdade e acabei me interessando bastante pela obra também.
    Sucesso para o autor!

    Beijos,
    Palácio de Livros

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  8. Já tinha visto livro e autor pelas redes sociais, mas nunca tinha me atentado ao livro em si! CHick-lit nao faz muito meu tipo, mas realmente a curiosidade cresceu pelo fato de ser um homem entrando nesse mundo 'feminino' haha! Achei interessante a ideia dele sobre e-books, eu estava pensando sobre isso uns dias atrás e foi a conclusao que eu cheguei, mesmo que nao tenha pensado na abordagem em outros paises! Gostei da entrevista, parabéns!

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  9. Gente do céu, fiquei com uma cara de ué quando li que o livro nesse gênero era feito por um homem. Adorei a inciativa de Cláudio, ele está mais do que certo em se arriscar em outros caminhos... Uma grande ideia! É realmente uma pena que os livros de fora sejam mais valorizados que os nacionais, mas de uns tempos pra cá as coisas estão mudando, e espero que continuem =p

    Mil beijos, adorei a entrevista!
    Blog Procurei em Sonhos

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  10. Oi Jonathan, tudo bem?
    Salvo engano, eu li a resenha desse livro no seu blog e gostei muito. Engraçado como as pessoas ficaram impressionadas com um homem escrevendo sobre um romance chick-lit. Confesso que é incomum, estou curiosa para conhecer a escrita do autor. Só não gosto muito de livros digitais, prefiro os livros físicos.
    Adorei a entrevista dele e concordo que o cenário está mudando, os autores nacionais estão devagar conquistando o seu mercado. Muito sucesso para o autor
    Beijinhos.
    cila-leitora voraz
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  11. Ah esse chick-li ta dando o que falar, preciso ler, mas cadê o tempo que não ajuda?!
    Ótima entrevista, achei o autor bem simpático, eu não sabia que ele já tinha escrito outros livros.

    Beijos.
    Leituras da Paty

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  12. Oieee!
    Adoro entrevistas com autor!
    É tão bom perguntar as coisas pra eles, e descobrir de onde surgiram suas inspirações hehe. Adoreii. E eu A.M.O chick-lit, e fiquei super curiosa, porque né? Bem incomum. Autor, homem, brasileiro e escrevendo esse gênero?!! Fala sério eu PRECISO!

    Beijoo.
    Becca
    www.maispradizer.com

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  13. Oi Jonathan,

    Amei a entrevista, já tinha lido alguma coisa sobre o autor, mas a sua entrevista está bem completa e o apresenta por inteiro. Adoro entrevistas, pois divulga o autor e sua obra. Claudio Quirino deve ser um cara cheio de ideias, mas pé no chão e sem falar no fato de ele valorizar a família, já me ganhou.

    Bjs
    Tânia Bueno
    https://facesdaleiturataniabueno.blogspot.com.br

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  14. Olá!
    Achei bem interessante a entrevista, adorei conhecer um pouco mais o autor e realmente todo mundo se espanta em ver um homem escrevendo chick lit, que todas nós mulheres adoramos.
    Beijos
    As Leituras da Mila

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  15. Primeiramente, parabéns pela entrevista. Achei bem legal a capa do livro e a sinopse, parece ser uma leitura bem gostosa. O autor foi bem simpático, achei muito legal da parte dele também. Beijos e boas leituras : )

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  16. Olá querido!
    conheço o autor do seu blog mesmo, estou bem curiosa para ler sua obra! Adorei a entrevista, ele parece ser uma pessoa muito divertida! Gostei da simpatia!
    Bom post!
    Beijos
    Paula Juliana - Overdose Literária!

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