#44 | O Lado Bom da Vida - Matthew Quick

Olá pessoal, mais uma resenha pra vocês!!!

Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

Resenha: Bom, quando eu comecei a ler o livro eu não estava querendo muito, mas assim logo nas primeiras páginas eu comecei a me animar porque a narrativa tão leve, várias pessoas loucas em um livro só a capa linda e uma comédia romântica, com um fundo de drama e acaba passando uma ótima lição de vida. Quando eu acabei o livro eu comecei a odiar Kenny G – um cantor instrumental, importante no livro – e minha lista no skoob aumentou muito porque existem várias indicações de outros livros, O grande Gatsby, O apanhador no campo de centeio, e o personagem principal Pat acaba odiando esses livros por serem tão pessimistas, e uma das coisas que Pat odeia é uma pessoa, que não consegue ver o lado bom da vida, e isso acaba despertando nossa curiosidade por ler esses livros.

A história começa um pouco confusa, porque Pat está em um digamos manicômio, e não sabemos como ele foi parar lá, mas no decorrer da história isso vai se desenrolando.  A mãe de Pat – Sra Peoples – vai busca-lo nessa clinica. Quando ela chega lá, vê o seu filho fazendo exercícios - depois que ele entrou na clinica, uma das suas metas é emagrecer e ficar malhado para Nikki, sua ex esposa, ele acredita que Nikki e ele estão passando por um tempo separado, mas no decorrer do livro percebe-se que Patrick está se iludindo – e logo a Sra Peoples estranha o fato dele estar praticando exercícios, mas não fala nada. E quando ela tira Pat dessa clinica e o leva para casa, ele acha que tudo será como antes, ele e Nikki juntos, a família assistindo o jogo dos EAGLES juntos e ele lendo os romances que Nikki recomenda para os seus alunos, ele é muito louco pela Nikki e faz tudo para ter ela de volta.

Patrick e Tiffany

Ele perdeu Nikki de uma forma surpreendente, ele presenciou a mulher o traindo com um professor de história. E a música que estava tocando na hora da traição, era a mesma música do seu casamento, “Songbird” do Kenny G, por causa disso ele tem um trauma e quando ouve qualquer música do K.G. – principalmente essa – ele surta.

Uma das regras para Patrick viver com sua família novamente e se manter fora da clinica, é ir todas as semanas no terapeuta, Dr Cliff. E para o testar Dr Cliff coloca “Songbird” para tocar e Pat acaba surtando, mas depois tudo acaba certo e ao longo do livro depois de umas 3 ou 4 consultas, eles acabam se tornando amigos. Indo nos jogos dos EAGLES juntos – não só eles como o irmão de Pat e outros amigos dele.

Quando Pat sai da clinica, recebe um convite de seu irmão para jantar na casa dele, ele vai e lá conhece Tiffany, uma garota como ele, tecnicamente louca, Tiffany perdeu o seu marido –  passaram com o carro em cima dele – e o homem era um verdadeiro sádico, e toda hora queria sexo. Tiffany tenta falar com ele que tem que acalmar as coisas e que ela não está aguentando mais, mas ele acaba entendendo tudo errado e falando que ela não o ama mais e etc... E ele acaba morrendo, e agora Tiffany se sente com falta de sexo e abre as pernas pra qualquer um, transa com qualquer um.  Depois de um certo tempo, eles dois – Tiffany e Pat – acabam se aproximando e Tiffany fala que pode dar cartas para Nikki – que no caso Pat escreveria -, mas só se Pat dançar com no concurso de dança. Daqui pra frente eu não posso falar o que acontece, mas é um final muito bonito. Antes desse pedido de Nikki, Pat pensa que ela está gostando dele e a leva pra jantar, mas não foi uma coisa muito sábia, a menina acaba destruindo o restaurando com seu surto. Depois disso Pat pensa que ela esqueceu dele, mas ele está muito – mais muito mesmo – enganado.

Não vou me aprofundar com outros personagens, porque vocês vão conhecendo eles de pouco a pouco e são muitos. Tem momentos que os personagens piram, as coisas acontecem muito rápido e da uma dinâmica muito legal no livro. Eu adorei mesmo, foi um ótimo livro, mesmo sendo comédia, o livro passa uma lição de vida para viver com isso para sempre.

Agora eu vou falar da adaptação: Comparar um livro com a sua adaptação é uma grande perca de tempo, acho que hoje vou perder meu tempo porque fiquei chateado com certas coisas – sobrenomes trocados, o pai de Pat não é apostador. Não tem nada do Danny – amigo do Pat – tentando fugir toda hora da clinica. No livro Danny tem um rastafári e no filme ele é careca, eu falei: há? Como assim? Algumas pessoas acham exagerado o jeito deles no filme, mas no livro eles são muito mais loucos, acho que faltou os personagens serem mais agressivos e secos. E não aqueles personagens frescos que vi no filme. Eu gostei da adaptação, mas acho que poderia ser melhor.

Se você ainda não leu O lado bom da vida, não perca seu tempo vendo o filme. É melhor primeiro ler o livro, para não se decepcionar com a adaptação.